Agilizando as próximas lacrações:
“Odeio a expressão “BATER AS BOTAS”, considero militarista, autoritarista e fascista. Bater as botas é encostar o coturno direito no coturno esquerdo, o que é uma opressão ao proletariado, e quem é que historicamente anda descalço? O homem negro, a mulher negra e a trans negra. É associar o pé no chão a algo menor. Reflitam! #baterasbotasnao”
Odeio a expressão “ESTAR DANDO SOPA”, considero capitalista, gurmetista e racista. Dar sopa é uma atividade filantrópica, e quem é que historicamente recebe ajuda de um prato de sopa? As mulheres negras. É associar a fome com a vontade de comer, numa dieta com menos calorias. Reflitam! #estardandosopanao
Odeio a expressão “LAVAR ROUPA SUJA”, considero higienista, elitista e racista. Lavar roupa suja é uma atividade doméstica, e quem é historicamente a lavadeira? As mulheres negras. É associar a sujeira a algo que tem que molhar, esfregar, torcer, centrifugar, enxaguar, botar pra quarar e pendurar pra secar. Reflitam! #lavarroupasujanao
Odeio a expressão “PERDER A LINHA”, considero carretelista, elitista e racista. Perder a linha é uma atividade de corte e costura, uma das tarefas de quem cerze, caseia, chuleia e prega botão, e quem é historicamente que não dá ponto sem nó? As mulheres negras. É associar a agulha, linha, retrós, alfinete, carretilha, ilhós, sianinha e overloque a algo remendado. Reflitam! #perderalinhaonao
Odeio a expressão “VOLTAR À VACA FRIA”, considero sexista, especista e racista. Voltar à vaca fria é uma atividade rural, uma das tarefas da pecuária, e quem é historicamente que volta à vaca fria? O boi insaciável, que não entende o “não é não” da vaca, e depois parte para o cowlighting de não apenas chamar a fêmea da espécie de vaca como dizer que ela é fria. E essa vaca eventualmente é preta, feita com sorvete de creme e Malzbier. É associar a vaca ao vácuo. Reflitam! #voltaràvacafrianao
Odeio a expressão “VIAJAR NA MAIONESE”, considero xenofobista, elitista e racista. Viajar é uma atividade de rico, e fascista não gosta de ver pobre andando de avião, e uma das tarefas dos atendentes do McDonalds é entregar sachê de maionese, e quem é historicamente a atendente do McDonalds? As mulheres negras. É associar dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola, picles num pão com gergelim, a algo muito menor do que aparece na imagem meramente ilustrativa. Reflitam! #viajar namaionesenao
“Odeio a expressão “ARMAR UM BARRACO”, considero armamentista, antifavelista e racista. Armar um barraco é colocar uma escopeta dentro de uma habitação de baixa renda, que é historicamente um lugar onde moram os operários. E quem é operário? O filho, ou marido, ou vizinho das mulheres negras. É associar comunidade e violência. Reflitam! #armarumbarraconao”